Meu filho é surdo, e agora?

Setembro Azul: mês da visibilidade da Comunidade Surda

O Setembro Azul foi escolhido como o mês mais importante do ano para a comunidade surda. E isso tem uma explicação: é em setembro que celebram datas muito especiais, tais como:

Dia 10 – Dia Mundial da Língua de Sinais
23 de setembro: Dia Internacional das Línguas de Sinais
26 de setembro: Dia Nacional do Surdo
30 de setembro: Dia do Tradutor

Em reconhecimento a esse mês tão importante, decidimos tratar de alguns temas a cerca de bebês e crianças surdas, como diagnóstico, inclusão e desenvolvimento infantil.

Diagnóstico de bebês surdos

A audição é muito importante para a comunicação humana. E a perda auditiva na criança pode acarretar distúrbios na aquisição da fala, linguagem e no desenvolvimento emocional, educacional e social. O diagnóstico precoce de deficiência auditiva permite a intervenção correta para cada caso, melhorando a qualidade de vida dessas crianças desde o início de suas vidas.

No Brasil, de um modo geral, a capacidade auditiva dos bebês é através do Teste da Orelhinha. O Teste da Orelhinha ou Triagem Auditiva Neonatal é um exame importante (e obrigatório pela Lei Federal nº 12.303/2010) para detectar se o recém-nascido tem problemas de audição. Após a sua realização é possível iniciar o diagnóstico e o tratamento das alterações auditivas precocemente.

No entanto, pode acontecer de o bebê não ter nenhuma alteração de audição no nascimento e perde-la parcial ou totalmente nos meses seguintes por conta de outros fatores.

                            

Como identificar surdez ou deficiência auditiva em bebês

Para identificar surdez em bebês, no geral, os pais, tutores, professores e cuidadores devem estar atentos caso o bebê:

  • Não tem reação a sons altos;
  • Falta reconhecimento à origem do som, exemplo quando algo produz som e a criança não se vira em direção ou olha para o local ou objeto de onde veio o som;
  • Não faz sons com a boca (em tentativa de fala como má, papá, etc.);
  • Prefere não utilizar brinquedos que fazem barulho;
  • Não muda expressão ou comportamento quando há variação acentuada no tom de voz da pessoa está falando com o bebê;
  • Tem dificuldade de reação à música.

Obs.: É importante ressaltar que algumas questões apontadas acima, pode indicar algum outro distúrbio, como déficit de atenção, por isso, em caso de dúvida ou suspeita busque por um profissional médico.

Como se comunicar com bebês com deficiência auditiva

A comunicação com bebês que tem deficiência auditiva pode ser muito mais fácil do que se pensa, isso porque os músculos necessários para que o bebê consiga realizar um gesto com as mãos, se desenvolvem mais cedo do que os músculos necessários para a fala.

Um estudo realizado pelo Dr. Joseph Garcia, apontou que pais ouvintes tem dificuldade de comunicação com seus filhos até os nove meses de idade. No mesmo estudo o Dr. Garcia identificou que pais surdos, ou que incentivam a linguagem de sinais já conseguem se comunicar com seus filhos antes dessa idade. O Dr. Garcia identificou que é possível ensinar linguagem de sinais para bebês entre seis e sete meses de idade.

Para auxiliar ainda mais os papais e mamães de filhos surdos, separamos um vídeo muito bacana e esclarecedor do canal Academia de Libras sobre crianças surdas.  

                                        

                                      

Adaptação da família

Mas como a família poderia se adaptar à criança? Uma alternativa muito enriquecedora para a família e para criança é conhecer a comunidade Surda e a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). Assim, a criança passa a ter referências de pessoas Surdas e passa a sentir que também pode fazer suas conquistas.

Tornar-se pai e mãe não é uma tarefa fácil, quando a criança nasce há a necessidade dos pais de se adaptarem ao bebê, sendo ele surdo ou não. Porém a surdez não pode ser encarada como um fator limitante, mas sim como uma característica com a qual a criança terá que conviver.

Lembre sempre de buscar médicos para buscar o tratamento correto para seu filho!

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Fontes:

www.qualicorp.com.br

bvsms.saude.gov.br

www.revistareacao.com.br

www.campolargo.ifpr.edu.br

www.unintese.com.br

www.ifnmg.edu.br

www.nexojornal.com.br

www.psicologiaacessivel.net

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